terça-feira, 29 de junho de 2010

Ana Pedrosa

Criar seu atalho

sábado, 26 de junho de 2010

Michael Jackson


A biografia oficial todos já sabem. Era meu maior ídolo, mesmo porque foi o primeiro que tive. Desde pequenos ensinei meus filhos a reconhecerem suas músicas. A sua criatividade e a magia nos pés já fazem falta. Muito triste...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os cheiros



Existem cheiros inesquecíveis. Cada pessoa tem seus prediletos. E basta uma mínima lembrança para que tudo volte: a temperatura do momento, a felicidade ou a tristeza que se sentia, as imagens de quem estava perto, tudo. Tudo. Cheiros podem ser alegres ou tristes. Era muito bom quando se entrava em casa depois do colégio, logo antes do almoço, e se sentia o cheiro do refogado – alho, cebola e tomate – para fazer o picadinho ou o bife de panela enrolado no bacon e preso por um palitinho. Quantos segundos você leva para atravessar o tempo e voltar aos seus 11 anos?

Lembra quando há muitos, muitos anos, você ia passar as férias na fazenda? Ah, uma fazenda tem aromas absolutamente inesquecíveis: o do capim, o da terra depois da chuva, o do estábulo onde se ia de manhã bem cedo tomar o leite tirado da vaca, ainda morno, numa canequinha de alumínio. E o cheiro da tangerina? Aliás, tangerina não, mexerica; aquela pobrinha, modesta, de casca fina, que deixava a mão cheirando durante três dias. Esse é um cheiro muito alegre. O cheiro do bolo saindo do forno é para sempre – bolo de tabuleiro, cortado em losangos, com cobertura de açúcar com limão, e um detalhe precioso: naquele tempo, por mais que se comesse não se engordava, e em cima da mesa havia sempre um vidro de fortificante para abrir o apetite. Que felicidade ter tido uma infância no interior!

Mas existem outros aromas não ligados ao paladar e também inesquecíveis. O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença. E você já teve uma tia-avó que morava numa casa bem arrumada, cujo assoalho era encerado toda semana? O brilho era dado a mão, com uma escova de cabo alto como uma vassoura, e era chegar e ouvir: “Cuidado para não escorregar”. Que cheiro limpo, honesto, que cheiro de gente direita. Será que isso ainda existe?

Mas há também os cheiros angustiantes: os de hospital, de sala de cirurgia. Muito cheiro de flor você sabe o que lembra – melhor não falar disso. E existem os perfumes ricos: de carro novo, de um bom fumo de cachimbo. E vamos combinar: cheiro de alho é bom na cozinha, de sexo no quarto, e é proibido misturar. Por falar nisso, o cheiro do homem que se ama, depois do amor, é melhor nem lembrar para não desmaiar de saudade.

As cidades também têm seu cheiro, cada uma muito particular: se você for levada, de olhos vendados, para o Bloomingdale’s, sabe na hora que está em Nova York. E se respirar um aroma de cominho misturado a curry e a canela vai saber que está no souk de Marrakesh.

Mas existe um cheiro que só as mulheres conhecem. É o que elas sentem quando estão enxugando seus bebês depois do banho. É preciso que não haja uma só pessoa por perto num raio de 200 metros para não haver interferência de qualquer ordem. Sem nenhuma presença estranha – nem mesmo a do pai –, mãe e filho poderão dizer bobagens e rir de coisas que só eles vão entender. Depois do talco, a mãe vai botar o nariz no pescoço de sua cria e cheirar com todos os seus cinco sentidos. No princípio timidamente, mas cada vez mais forte, até quase arrebentar os pulmões de tanto amor. Na hora a gente não sabe, mas um dia vai saber: não existe nada igual a esse cheiro nem a esse momento, e nunca vai haver um melhor. Porque esse é o cheiro da vida.

Uma Crônica de Danuza Leão

DUAS BOLAS, POR FAVOR- por Danuza Leão




Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./

Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sem Ar D'Black



Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo pra existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar
Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar para não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci o meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dr. Laureano - Faixa de Gaza


Mais 4 assassinados em plena luz do dia, pior, 4 horas depois estavam lá os corpos para exibição pública, infelizmeente fui obrigada a acabar com o show. O engraçado é que lá os mortos ninguém sabe quem são, mas os autores, hummmm todos conhecem. Política de Segurança Pública é isso aí!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Soneto do Amigo



Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

Que saco!!! que tédio!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Premoniçao


Alguém aqui acredita em premonição??? pois é! a foto deste barco aí é uma prova... estava eu na net há 4 anos atrás brincando de escolher presentes para a lista de aniversário do Orkut. Tinha escolhido um rolex e aí fui associando só bens caros, sonhos de consumo, como uma mansão em Angra com cais, claro, quem tem cais tem barco, acho né... rsrsrs aí fui escolher o barco. Parti para o Mercado Livre, entre milhões de procura ali, apareceu este barco do nada. Adorei a descrição, adicionei-o como presente. Mas todo barco é batizado, qual não foi minha surpresa ao ler o nome. Senti até arrepios na alma, o barco que escolhi entre milhões levava o nome do meu filhote que está lá com papai do céu, naturalmente ele estava lá ao meu lado, sei lá, né? mas não senti presença de nada. O mais engraçado é que ao adicionar o carro escolhi um HONDA CIVIC, carro preferido do meu grande amigo Big, e ele faleceu dias depois... grande perda...
Outro fato aconteceu agora no feriado na quinta feira: eu me emociono muito ao ver aquela novela das 6, Escrito nas Estrelas. As cenas do Humberto Martins com o espírito do filho são super emocionantes, claro EU e qq mamãe que perdeu um filho sente a dor deste personagem, mas só que estava na casa da amiga Jane e vi a cena que o espírito do filho abraça o pai para consola-lo, comecei a chorar, emocionada, coisa rara, me controlo para não passar tristeza para as pessoas, o sentimento é só meu e deixo no travesseiro quando levanto, mas senti falta do meu filho... e aí fui pro bar e coloquei uma música que ele gostava muito: Uma Estrela do Pique novo... estranho, outra onda de tristeza. Acabei tendo que vir embora, sair na rua para ficar aos prantos em público, ninguém merece...
Dormi bem e parti para o tarbalho e qual não foi minha surpresa quando encontrei a Norma do Varjão, após minutos de papo ela começou a chorar, dizendo que tinham assassinado o filho dela. Fiquei passada, não sabia e já tinha acontecido há meses. Que dor a dela e surpresa a minha ao perceber que a sensação dela eu tinha sentido a noite com as ondas de tristeza na Laureano. Recebi um aviso dos céuse nada percebi. Acho que se não há vida após a morte, algo deve haver, vide entrevistas dos MAMONAS ASSASSINAS antes do acidente fatídico. Mas euhemmmmm, medrosa como sou prefiro que fiquem por aqui mesmo, lembro da sensação que senti na noite anterior a chacina da Rua Bangú, senti a morte ao meu lado e não gostei do que passei. Mas vida que segue...