segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Exponha-se. E daí?!






Sair em busca de algo almejado parece muito interessante.
Pedir ajuda é muito normal, já que o homem está mais para a generosidade do que para a humilhação.
Agradecer requer humildade. Precisamos, acima de tudo, expor a alma para o mundo. Não é fácil. No entanto, temos sentido com mais freqüência essa energia tomando conta de várias pessoas em todo o planeta, aproximando-as pela idéia da solidariedade, da reflexão sobre o próximo, o mundo, a vida, sobre si mesmo, a descoberta do outro, a alegria de poder perceber o que os olhos não vêem, o futuro e, principalmente, o que estamos fazendo hoje, nas ciências, no meio ambiente, na educação, na política, na ética, na tecnologia, nos meios de comunicação de massa, na física quântica, na informática.
Expor nossas procuras exige abrir mão do nosso egoísmo, das nossas certezas, de certos controles, viver livremente nossa natureza e reinventar nosso papel nesta infinita viagem da vida. Assim, vamos nos expondo em caminhadas, numa obra de arte, num romance, numa poesia ou em uma iniciativa qualquer de solidariedade em nossa rua.
Não importa o que seja, o que importa é que estamos nos expondo para o mundo. Sozinhos, mas não solitários, desgarrados da idéia de levar vantagem em busca de um porto seguro, pelo prazer da descoberta, da conversa solta ou da criatividade de dois corpos à procura de um terceiro.
Expor-se para o mundo é um desafio entre a realidade, a linha tênue da ingênua loucura e a promessa cristã que se assemelha ao sofrimento, à dor, e não ao prazer de realizar a missão, qualquer que seja, com o próximo. Expor-se é deixar as idéias e emoções fluírem, para dividi-las onde formos capazes de chegar e, ao mesmo tempo, estarmos dispostos a abraçar as idéias que voam. Ninguém sabe de onde elas vêm e nem de quem partem, mas sabemos que são idéias que se juntam e vão tomando corpo para que, em uma bela e inesperada hora, possamos dar vida a elas.
Viva, pois, cada idéia como se a tivesse parido, com a obrigação de cuidar dela até que chegue outra idéia; e você, então, de braços abertos, exponha-se para dar vida a essa nova idéia. E assim vamos nos expondo e nos expondo. Ainda bem!



Por: Everardo Lopes

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